PIB cresce 1,1% e fecha 2019 em R$ 7,3 trilhões

IBGE divulga hoje resultado de PIB de 2019. Crescimento foi de 1,1%. Totalizando 7,257 trilhões.

Foi o terceiro ano com resultado positivo, depois das altas de 1,3% em 2017 e 2018. O PIB per capita variou 0,3%, em termos reais, alcançando R$ 34.533 em 2019.
“São três anos de resultados positivos. Mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2013. A maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias, que cresceu 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que representa dois terços da economia”. constata Rebeca Palis, coordenadora da Contas Nacionais do IBGE.
PIB cresce 1,1% e fecha 2019 em R$ 7,3 trilhões
Rebeca elucidou que a inclusão dos dados do setor externo, enviados com atraso no terceiro trimestre, não impactou no resultado do PIB em 2019. “Afetou apenas as exportações, pois o setor externo continuou contribuindo negativamente. Enquanto a demanda interna contribuiu com 1,7% do resultado, o setor externo apresentou queda de 0,5%”, explicou.

Dados resultantes

O setor de serviços obteve crescimento de 1,3%, seguido por atividades de informação e comunicação (4,1%), atividades imobiliárias (2,3%), comércio (1,8%), outras atividades de serviços (1,3%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,0%) e transporte, armazenagem e correio (0,2%). A atividade de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) se mantendo estagnada no ano.
No setor industrial, a atividade de eletricidade água, gás, esgoto, e atividades de gestão de resíduos cresceu 1,9% em relação ao período de 2018, puxada pelo crescimento de 1,6% na construção. Já a parcial negativa ocorreu em indústrias extrativas, com queda de 1,1% no ano. Indústrias de transformação ficaram estáveis em, 0,1%.
“A indústria teve um comportamento diferente em relação a 2018, puxada pelo crescimento na construção, após cinco anos de desempenho negativo. Já a indústria de transformação, que havia crescido mais em 2018, ficou estagnada em 2019”, explicou Rebeca Palis.
Na agropecuária, que tem um peso de apenas 5% no cálculo do PIB, teve como destaque lavouras de algodão (39,8%), laranja (5,6%) e feijão (2,2%). E lavouras de milho que registraram um bom crescimento de 23,6% e expressivo ganho de produtividade; houve variação negativa em culturas como café (-16,6%), arroz (-12,6%), soja (-3,7%) e cana (-1,0%). Na pecuária o desempenho em 2019 foi influenciado de forma positiva pelo estreitamento da relação comercial com a China, por conta da peste suína no país asiático.

Poupança cai e investimento cresce em 2019

A taxa de investimento no ano de 2019 foi de 15,4% do PIB, um pouco acima do observado no ano anterior (15,2%). A taxa de poupança foi de 12,2% em 2019, 2% a menos do que em 2018.
Em relação a demanda interna, houve avanço de 1,8% no consumo das famílias, e 2,2% na formação bruta de capital fixo. O consumo do governo recuou 0,4%.

PIB avança 0,5% no quarto trimestre

No quarto trimestre de 2019, o PIB avançou 0,5% em comparação com o terceiro trimestre do ano. Sendo esse o nono registro positivo consecutivo nesta comparação. Os serviços e a indústria tiveram variação positiva de 0,6% e 0,2%, respectivamente. Enquanto a agropecuária teve recuo de 0,4%. Se comparado com o quarto trimestre de 2018, o PIB avançou 1,7%, no seu décimo segundo resultado positivo consecutivo, após onze trimestres de queda nesta mesma base de comparação.

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