Produtores Do Estado Estudam Exportar Algodão Pelo Porto de Santarém, No Pará

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A perspectiva de exportar algodão pelo porto de Santarém, no Pará, levou a Associação Mato-grossense do s Produtores de Algodão (Ampa) a participar da 23ª Reunião Ordinária do Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Santarém na sexta (6). O diretor executivo da entidade, Décio Tocantins, demonstrou aos participantes informações sobre a produção de pluma no Estado, sobretudo na região mais ao norte, e o interesse dos cotonicultores em enviar seu produto para o porto paraense.

“Pelo Norte, já existe um projeto inicial feito com operação de estufamento de contêiner por Porto Velho (RO) que vai por Manaus (AM). O navio que leva contêiner a Manaus é o mesmo que passa por Santarém depois. O produtor de algodão do norte, principalmente aquele da BR-163, a partir de Nova Mutum, tem grande interesse em levar o algodão para o norte do país”, pondera o diretor.

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Produtores Do Estado Estudam Exportar Algodão Pelo Porto de Santarém, No Pará 09 de março de 2020

Algodão enviado contêineres

A operação por contêineres pelo porto de Santarém já aconteceu em anos anteriores, para o transporte de madeira e outros produtos, mas não prosperou. O algodão sendo enviado através dessa modalidade de embarcação pode configurar a retomada do uso desse tipo de armazenamento. Que favoreceria outras culturas do Estado, como o feijão caupi, por exemplo.

A possibilidade de enviar os produtos até o porto paraense se tornou mais viável com a finalização do asfaltamento da rodovia BR-163 no trecho entre Cuiabá e Santarém.

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“Esse é o fato novo, a interligação produtores do norte de Mato Grosso com o Pará, pela BR-163, que traz carga com originação do Estado”, completa Décio Tocantins.

Nesse contexto, os produtores de algodão da região da BR-163, em Mato Grosso. E dos municípios de Sapezal, Campo Novo do Parecis e Campos de Júlio têm maior benefício.

A Ampa participou do encontro a convite do presidente do Porto Seco de Cuiabá, Francisco Antônio de Almeida, e do consultor da área de logística Luiz Antônio Pagot. Ambos comentaram a viabilidade da atividade e demonstraram entusiasmo com os próximos passos a serem dados para que o projeto seja efetivado.

“O que precisa ser entendido com relação à navegação com contêiners é que o porto da Docas do Pará, em Santarém, já fazia isso. Hoje, tem vantagem comparativa dos produtos do médio norte de Mato Grosso para fazer transbordo aqui, com volume suficiente.

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Essa reunião foi o começo importante dessa relação institucional-comercial”, ponderou Luiz Antônio Pagot. Comentando ainda que a próxima reunião deve ser em Belém, na sede da Companhia Docas do Pará para, posteriormente, ser o projeto levado a Brasília.

Atração de investidores

A assistente técnica da Secretaria Nacional de Portos e Transporte Aquaviário, Ingrid Pantoja Machado. Presente no encontro, também se mostrou entusiasmada com o projeto, sobretudo por possibilitar a entrada de investidores na região de Santarém.

“É um projeto muito interessante para região, até para se retomar a nossa movimentação de contêiners aqui, no porto de Santarém, que no momento não opera.

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É mais uma forma de trazer investidor para a região. Para alavancar o arco norte com a saída da produtores por essa região do país”, aponta a servidora federal.

Ela acrescenta ainda que se espera uma apresentação do projeto aos dirigentes da Companhia Docas do Pará . Posteriormente, levar o debate ao Ministério de Infraestrutura. Assim bem como à Agência Nacional de Transportes Aquaviários. “. É necessário um alinhamento de todos esses atores frente ao projeto que vai ser apresentado”.

O presidente do Porto Seco, que acompanha a viabilidade do transbordo por contêiners na região há alguns anos, considerou que a participação da Ampa na discussão enriqueceu a viabilidade do projeto. “A explanação animou bastante, inclusive ao pessoal de Santarém. A Ampa levou uma outra dimensão. Trata-se de um projeto extremamente viável, agora, mais ainda. Estou muito animado, pois faz tempo que trabalho nesse estudo. Temos que fazer acontecer”.

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