Bancos precisam de juros altos para ter lucro? Esta é a pergunta de muitas pessoas em suas relações bancárias.
O Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva criticou o Banco Central e sua política de juros altos.
Em resposta, o Presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney disse que os bancos não precisam de juros altos para obterem lucro.
Enfim, diante dessa briga de gigantes a população assiste a tudo, contudo, será que os bancos precisam de juros altos para ter lucro?
A verdade é que ano após ano os bancos conseguem lucros astronômicos em nosso país.
Qual foi a solução proposta pelo presidente da Febraban?
Em primeiro lugar, em sua declaração em Lisboa, o presidente da Federação dos Bancos disse que o que precisa é baixar o custo do crédito.
Disse também que para os juros baixarem é preciso um trabalho não apenas dos bancos. Apesar de não ter feito uma referência direta ao Presidente, todos entenderam o que foi dito.
A alta de juros se deve ao grande número de inadimplência e falta de segurança existente para os bancos. Desse modo, como não tem garantias de recebimento, os juros acabam ficando altos.
Assim, a população sofre com os resultados, pagando altos juros para conseguirem obter créditos que muitas vezes se tornam uma forma de sobrevivência.
Sobretudo após tempos tão difíceis vividos durante a pandemia. Sideny disse ser vergonhoso estarmos na posição dos que menos recebem garantias no mundo.
Entendendo que ter crédito no Brasil é de fato muito caro.
O que os bancos defendem?
Bancos precisam de juros altos para ter lucro? Os bancos defendem uma baixa nos juros, para democratizar o crédito no Brasil.
Sidney ainda afirmou que os bancos estão fazendo sua parte, ao concederem 15 trilhões em empréstimos. Enquanto aguarda a reforma tributária e administrativa do governo.
O presidente da Febraban ainda disse ser necessária uma reforma do consumo, disse ser necessária uma participação do setor privado.
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Entendendo que precisam propor um novo arcabouço fiscal, ou seja, um conjunto de regras que irão reger as contas públicas.
Dessa forma, Sidney entende que para que a população enfim seja beneficiada com a baixa de juros, é preciso uma parceria.
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Somente unindo os bancos e as reformas que o governo precisa aprovar, isso será possível.
O protagonismo necessário
Por fim, Sidney ainda defendeu que os bancos precisam exercer um certo protagonismo. Oferecendo ao governo uma proposta de um arcabouço fiscal.
Continuando na direção da responsabilidade fiscal, não defendendo uma corrida para que as contas públicas se sustentem. Mas conseguindo unir o fiscal e o social, duas coisas extremamente necessárias.
Desse modo, Sidney me pareceu bem equilibrado, contudo, sem deixar de compartilhar com o governo a responsabilidade da baixa de juros.
Deixando claro que não depende apenas dos bancos e o lucro dos bancos não está apenas vinculado à alta dos juros.
Com essa resposta, Sidney espera que o governo se mobilize para conseguir aprovar as reformas necessárias. Por outro lado, o Presidente Lula espera um esforço maior dos bancos.
