Delivery Não Resolve Crise Da Covid-19, Diz Representante De Restaurantes GO 31-03-2020

Diretamente afetado pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus, o setor de bares e restaurantes não deve encontrar solução para a crise no delivery. Embora precisa da ajuda do governo para evitar demissões em massa.

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Assim sendo ao menos é o que defende o presidente da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Cristiano Melles, que falou sobre o assunto em transmissão ao vivo da XP Investimentos.

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Segundo Melles, o setor fatura cerca de R$ 400 bilhões por ano, empregando 6 milhões de pessoas. Assim sendo mas as receitas com os serviços de entrega não chegam nem a 4% deste total. “Está crescendo, claro. Tinha-se uma visão de que o delivery poderia ajudar. Mas, de fato, o delivery não resolve o problema de maneira nenhuma”, avalia.

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Delivery Não Resolve Crise Da Covid-19, Diz Representante De Restaurantes GO 31 de março de 2020
 

Delivery na crise

Embora o presidente da ANR acredita que, neste momento de crise, a grande discussão é como manter os empregos, e a saída está nas mãos do poder público. Ele sugere que o governo pague por quatro meses os salários dos funcionários da base do setor, que ganham o piso previsto em lei (R$ 1,045).

“Não tem outra saída a não ser o governo nos apoiar”, argumenta. “Não estou falando que quero pagar o executivo [da empresa] com esse dinheiro. Entretanto pagar um salário mínimo para a ponta. Nós somos o setor do primeiro emprego, onde a maioria dos jovens está empregada. Sem um apoio neste momento, dificilmente teremos os estabelecimentos reabrindo.”

Comparação com os EUA

Cristiano Melles também citou o projeto do governo brasileiro de pagar um auxílio emergencial de R$ 600 por mês, durante três meses, aos trabalhadores informais. A medida foi comparada pelo presidente da ANR com o cheque de US$ 1.200 que o governo dos Estados Unidos está dando a milhões de americanos.

“Lá eles têm uma situação tão dramática quanto a nossa. Mas, diferentemente do Brasil, o cheque de US$ 1.200 está chegando na mão das pessoas. O que a gente entende é que agora, para termos uma rede mínima de proteção ao emprego, nós também precisamos que esse cheque chegue à base da pirâmide”, defende.

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