Ipea Prevê Quedas De Até 1,8% Para O PIB 2020 Com Coronavírus 30-03-2020

Na Carta de Conjuntura, divulgada hoje, no Rio de Janeiro, os economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traçaram três cenários para o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

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Os quadros consideram o tempo de isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus e, também, a efetividade das políticas econômicas mitigadoras adotadas no Brasil.

Assim sendo o mundo atravessam, com a crise do novo coronavírus, o Ipea não conseguiu fazer uma projeção pontual como sempre fez referente à conjuntura econômica do país.

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 Ipea Prevê Quedas De Até 1,8% Para O PIB 2020 Com Coronavírus 30 de março de 2020

Em qualquer dos cenários traçados, porém, haverá queda do PIB deste ano. “Você já tem, além dos impactos internos de praticamente parar alguns setores, uma piora da economia mundial como um todo.

IPEA

Embora a gente tem um impacto muito forte na economia do mundo todo e isso tem impacto também na economia brasileira e a retomada sempre leva algum tempo. A gente está trabalhando com uma retomada rápida mas, mesmo assim, se tem uma perda nos serviços que estão deixando de ser prestados e essa é uma perda que não tem como recuperar.

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Então, já gera uma perda de PIB”, comentou o diretor do Ipea, em entrevista à Agência Brasil.

Recuperação parcial José Ronaldo Souza Júnior destacou que nos três cenários de retração do PIB 2020 se considera uma recuperação parcial da economia já no terceiro trimestre, e continuada no quarto trimestre.

“Isso contando com uma recuperação da economia em que as políticas econômicas de mitigação de danos econômicos sejam bem-sucedidas em termos de emprego, demissões em massa etc”, acentuou.

Assim sendo a queda do PIB no segundo trimestre já está comprometida em função de setores parcial ou totalmente paralisados, disse o diretor do Ipea.

Minimizar impactos

Embora ele considerou inevitável que haja algum aumento de demissões, mas espera que as medidas econômicas possam minimizar esse impacto. “Mas é óbvio que deve haver algum aumento do desemprego, porque há setores que estão totalmente parados e algum ajuste acaba sendo necessário”.

Lembrou, no entanto, que para conseguir financiamento com subsídio do governo, a empresa precisa se comprometer a não mandar ninguém embora. “Isso ajuda a minimizar o impacto”..

O diretor do Ipea admitiu que o instituto está navegando em um terreno desconhecido, porque o que está se vendo é uma parada mundial nunca antes vista.

“Nem em tempos de guerra a gente tem notícias do tipo no mundo moderno. É realmente algo novo; a gente tem dificuldade de conseguir fazer previsões”.

Nesse caso, ele diz esperar que se consiga descobrir um tratamento para a covid-19 o quanto antes. Para porque isso levaria a ter uma volta à normalidade o mais rápido possível. “Digamos que o cenário mais positivo seria esse”.

Restrições

A descoberta de um tratamento mais eficiente para a doença dispensaria. Assim sendo as restrições de toda a interação social e permitiria voltar para uma vida mais. rapidamente. “É uma questão que depende mais de estudos médicos do que econômicos”, observou Souza Júnior.

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