Petrobras corta produção e reduz investimentos por choque de oferta e coronavírus

Entre as medidas para enfrentar os efeitos da crise estão: tomada de mais empréstimos; adiamento do pagamento de dividendos; e adiamento de novas contratações por 90 dias.

Petrobras divulgou nesta quinta-feira (26) as medidas que decidiu adotar para enfrentar os impactos sofridos pela pandemia de COVID-19 e o perante o choque de preços do petróleo.

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De acordo com a empresa, o valor dos investimentos para 2020 será reduzido de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões (sendo US$ 7 bilhões na visão caixa)…

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“…em função principalmente de postergações de atividades exploratórias, interligação de poços e construção de instalações de produção e refino, e da desvalorização do Real frente ao dólar americano”.

petrobras corta contratações e reduz investimentos por coronavírus e choque no preço do petróleo

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O conjunto de medidas anunciadas pela entidade envolve corte da produção, contratação apenas de mais empréstimos, adiamento do pagamento de dividendos para acionistas e adiamento de novas contratações pelo prazo de 90 dias.

A companhia avaliará as condições do mercado e, em caso de necessidade, realizará novos ajustes na produção de petróleo, sempre garantindo as condições de segurança para as pessoas, operações e processos“, afirmou.

Os preços do petróleo Brent, que é a referência internacional, somam queda de quase 60% em 2020. Tudo isso em meio às repercussões negativas da presente pandemia sobre a demanda. Além da disputa por mercado entre Arábia Saudita e Rússia que deve gerar um “oversupply” (“sobreoferta”) da commodity.

Petrobras: confira a lista de medidas para redução de custos e de preservação do caixa anunciadas pela empresa:

  • Desembolso de linhas de crédito compromissadas, no montante de cerca de US$ 8 bilhões, conforme anunciado em 20/03/2020;
  • Desembolso de duas novas linhas de empréstimo que somam R$ 3,5 bilhões;
  • Adiamento para 15/12/2020 do pagamento de dividendos com base no resultado anual de 2019, no valor de R$ 1,7 bilhão. Essa proposta será submetida à aprovação da Assembleia Geral Ordinária, que foi reagendada para 27/04/2020.
  • Adiamento e redução de gastos com recursos humanos, no valor total de R$ 2,4 bilhões, incluindo adiamento do pagamento de horas-extras, do Programa de Prêmio por Performance;
  • Postergação do pagamento de 30% da remuneração mensal total do Presidente, Diretores, Gerentes Executivos e Gerentes Gerais;
  • Cancelamento dos processos de avanço de nível e promoção para os empregados e avanço de nível de funções gratificadas de 2020;
  • Diminuição de 50% no número de empregados em sobreaviso parcial nos próximos três meses e suspensão temporária de todos os treinamentos;
  • Redução dos investimentos programados para 2020 de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões (sendo US$ 7 bilhões na visão caixa);
  • Recuo dos gastos operacionais em US$ 2 bilhões. Incluindo a hibernação das plataformas em operação em campos de águas rasas, suspensão de novas contratações relevantes pelo prazo de 90 dias;
  • Contração de 100 mil bpd da sua produção de óleo até o final de março. Em função da “sobreoferta” deste produto no mercado externo e pela redução da demanda mundial.

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