Banco Central está preparado para atuar mais no câmbio 08-04-2020

De acordo com Carlos Neto, Banco Central tem arsenal grande e está pronto para fazer maior atuação no mercado de câmbio.

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Nesta quarta-feira (8), através de transmissão pela internet feita pelo banco Credit Suisse, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o BC está preparado para a qualquer momento quando necessário, atuar com mais expressividade no mercado de câmbio. E embora o câmbio sendo flutuante, há uma política para evitar excessos.

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“Existe uma política para evitar excessos, alinhar o câmbio e estabilizar os mercados”, disse Costas. Ele pontuou também que o BC tem “arsenal bastante grande” para atuar no mercado de câmbio.

“Parte do mercado advogava fazer programas mais agressivos para o câmbio, nós sempre entendemos que era importante dar liquidez, não influenciar a trajetória de preço, mas sempre olhando o real em relação a outras moedas.

Nós temos um arsenal bastante grande. Entendemos que o real desvalorizou muito e um pouco mais em relação a outras moedas. Estamos preparados a qualquer momento para fazer uma coisa maior, se for necessário, no câmbio, mas entendemos que o câmbio é flutuante”, afirmou.

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Banco Central está preparado para atuar mais no câmbio 08-04-2020

Novas Medidas

Campos Neto disse que houveram críticas sobre as medidas adotadas para o enfrentamento da crise ocasionada pela pandemia de coronavírus de terem sido demoradas. No entanto, ele ressaltou que comparado a outros países, como os Estados Unidos, isso não se é verdade.

“E o impacto também das medidas, se considerar o que o Brasil fez em termos de liquidez e capital, 16,7% do PIB [Produto Interno Bruto], não tem nenhum outro país emergente que tenha feito nada parecido. Quando pega a potência fiscal, em termos de dinheiro novo, o Brasil está um pouco acima de mercados emergentes”.

Contratos

O presidente do BC também afirmou que tem enfatizado a importância de cumprimento de contratos, como por exemplo, de  aluguel e crédito. “A crise com interrupção nos contratos se torna muito mais aguda, com uma demora na recuperação muito maior. Tivemos indício de quebra de contrato, tentativa de quebra de contrato de energia, alugueis. A parte de [crédito] consignado, que não faria nenhum sentido porque o consignado está ligado em grande parte a um servidor [público] que tem estabilidade, não vai ter o salário afetado. Do ponto de vista do governo, é melhor ter um fiscal um pouco pior e ter a certeza de que todos os contratos são cumpridos”, acrescentou ele.

Impacto na economia

O presidente do BC considera que o impacto da crise na economia brasileira vai depender do tempo de duração do isolamento social.

“É um vírus que tem letalidade muito baixa, mas a contaminação é muito alta. E tem obviamente os trade off [prós e contra de uma decisão] entre ter uma curva mais acelerada [aumento dos casos da doença] e criar uma imunidade e o custo econômico. O Banco Central não entra na discussão dessas escolhas. A gente entende que é uma política de governo”.

“O que dá para fazer é tentar passar credibilidade para as pessoas de que o governo vai ajudar (…)  não vai deixar nenhuma ruptura, vai olhar os setores mais prejudicados.

O governo não quer promover vencedores e perdedores, quer que todos sejam vencedores. [Mas] alguns nessa crise vão ser perdedores, vão ter mais impacto do que outros. O governo vai tentar fazer com que isso seja da forma mais linear possível”, disse Campos Neto.

Ele acrescentou que deve haver quase com certeza uma queda na economia este ano. “Talvez as próximas duas ou três semanas sejam as mais importantes no sentido de ver como vai se comportar”.

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